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Extermínio na fronteira chega a 8 pessoas em 6 dias
A matança começou na madrugada da quinta-feira passada
Por Blog do Nélio | Postado em: 19/10/2018 - 11:37

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Desde o dia 11 de outubro até esta quarta-feira (17) já foram registradas oito execuções na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. A matança começou na madrugada da quinta-feira passada, em Capitán Bado, cidade vizinha a Coronel Sapucaia (MS), quando foram executados a tiros três brasileiros de 39, 29 e 22 anos, e prosseguiu na sexta-feira (12), quando foi morta uma brasileira de 25 anos, também em Capitán Bado.

No sábado (13), ainda em Capitán Bado, um homem foi baleado em sua própria casa no Bairro Primavera, onde três homens chegaram armados com pistolas e abriram fogo contra a vítima de 25 anos, que levou 25 tiros. A esposa dele disse à Polícia que o marido estava descansando na cama quando os bandidos chutaram a porta e começaram a atirar.

Também no sábado (13), mas em Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com Ponta Porã (MS), foi a vez de uma contadora de 38 anos, que tem dupla cidadania (brasileira e paraguaia) e estava grávida, ser executada a tiros. Já nesta quarta-feira (17) também foram mortas em Pedro Juan Caballero mais duas mulheres, uma com 19 anos, que estava envolvida no roubo de uma caminhonete pertencente a um vereador de Dourados; e uma adolescente de 16 anos.

Triplo homicídio

Segundo a Polícia Nacional do Paraguai, no caso do triplo homicídio, os três brasileiros executados tinham envolvimento com o tráfico de maconha na região de fronteira e foram mortos durante o ataque de um grupo armado. O triplo homicídio foi relatado às 5h30 de quinta-feira (11) e ocorreu um estabelecimento rural na Colônia Cristino Potrero, a 15 quilômetros de Capitán Bado, sendo que até os cachorros foram mortos.

A fazenda foi cercada e atacada por pelo menos uma dúzia de bandidos, armados com espingardas e pistolas, sendo que eles chegaram em uma caminhonete preta S10. O traficante seria o proprietário do estabelecimento e há quatro anos tinha sido preso pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai) no mesmo lugar por plantio e empacotamento de maconha.

Os outros dois mortos seriam os capangas do traficante, sendo que um deles seria soldado da facção criminosa brasileira Comando Vermelho (CV) e estava sendo procurado pelo assassinato de dois policiais militares na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

Três horas após o triplo homicídio a caminhonete usada pelos pistoleiros foi encontrada incendiada na beira de um córrego, em Curupay, a cinco quilômetros de Colônia Cristino Potrero, que é controlada por um narcotraficante que tinha sido capturado em 2016, libertado em 2017 e agora é novamente procurado pela Polícia do Paraguai.

Os dois traficam seriam concorrentes ferozes no tráfico de maconha para o mercado brasileiro e, por isso, é possível que o triplo homicídio tenha sido ordenado. Outra versão forte que surgiu é que o traficante morto teria mandado matar, no dia 26 de agosto deste ano, o sobrinho de um terceiro traficante, que se encontra foragido e poderia ter ordenado a tripla execução para vingar a morte do sobrinho.

A mulher

Já a brasileira de 25 anos, foi encontrada morta na sexta-feira (12), ao lado da Rota 11 “Juana María de Lara”, na zona de Mariscal López, em Capitán Bado, com vários tiros de pistola calibre 9 mm. A mulher teria saído de casa na noite de quinta-feira (11) com um amigo, sendo que ela era mãe de uma criança de 6 anos de idade, fruto do casamento com um preso no Brasil.

Ele estava ameaçando mandar mandá-la porque descobriu que a esposa costumava sair para festejar com as amigas. De acordo com os investigadores, o corpo foi encontrado em uma área isolada da região e a mulher tinha um capacete na cabeça, mas nenhuma motocicleta foi encontrada no local. Por isso, a Polícia presume que ela poderia ter sido levada até o local e executada a tiros de pistola do calibre 9 mm.

Os investigadores da Divisão de Homicídios e agentes da Polícia Técnica realizaram os procedimentos de rigor com o apoio do promotor de Justiça Hernan Mendoza, que ordenou que o corpo da vítima fosse enviado ao IML, onde foi entregue aos familiares. Eles informaram que a mulher teria saído na noite de quinta-feira, por volta das 23 horas, em companhia de um amigo cuja identidade não era conhecida.

Contadora

A contadora foi baleada quando estava no centro comercial da cidade, especificamente, entre as vias Teniente Herrero e Perpétuo Socorro. A mulher acabara de sair de uma loja de produtos agrícolas e estava a bordo de uma SUV SsangYong, de cor preta. De acordo com os dados, dois homens armados em uma motocicleta seguiam a contadora e, quando ela reduziu a velocidade, eles chegaram mais perto e abriram fogo. Os criminosos praticamente esvaziaram o pente da pistola 9 mm e depois fugiram.

Ela seria a pessoa que alugou, entre 2015 e 2016, um imóvel no Bairro Guarani, essa casa alugada pela mulher agora assassinada tinha sido usada pelos membros do grupo criminoso brasileiro Primeiro Comando da Capital (PCC) que tentaram matar um homem em 7 de março do mesmo ano, que acabou sendo morto em outra emboscada, perpetrada em 15 de junho de 2016 em Pedro Juan Caballero. Ele foi morto, supostamente, a mando do PCC, em parceria com o Comando Vermelho e a “bênção” de dois homens presos no Brasil.

Duplo homicídio

As duas últimas mortes registradas, foram das mulheres de 19 e 16 anos, cujos corpos foram encontrados na manhã desta quarta-feira (17), por volta das 6h45, em uma área desabitada do Bairro Santa Ana, em Pedro Juan Caballero. As duas foram abandonadas em meio ao lixo e os autores teriam tentado incendiar os corpos delas após as terem executado de forma brutal em outra parte da cidade e, posteriormente, levadas até o local.

A execução violenta das duas jovens poderia estar relacionada a ajuste de contas entre assaltantes nesta parte da fronteira com Mato Grosso do Sul. De acordo com os investigadores da Divisão de Homicídios e agentes da Polícia Técnica do Paraguai, apoiados pelo promotor de Justiça Gabriel Segovia, realizaram os procedimentos de rigor e encaminharam os corpos ao IML.

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