A 3ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central de Curitiba autorizou o uso de força policial para que as barracas montadas no entorno da Superintendência da Polícia Federal, no bairro Santa Cândida, sejam retiradas. A decisão do juiz Jailton Juan Carlos Tontini, publicada na sexta-feira (15), tem como base um pedido da Procuradoria-Geral do Município, que afirma que os simpatizantes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva descumpriram decisão liminar que estabelecia condições para que a vigília fosse mantida.
“Diante da notícia de descumprimento, determino ao oficial de justiça que se dirija ao local e verifique se a ordem liminar está sendo cumprida e, em caso negativo, com o auxílio de força policial, remova quaisquer barracas, tendas, estruturas ou similares que estejam nas vias públicas”, diz a decisão.
Desde a data da prisão de Lula, apoiadores do ex-presidente ocupam ruas no entorno da Polícia Federal. A decisão foi proferida dois dias após uma confusão tomar conta da região do Acampamento Lula Livre. Os moradores do bairro se reuniram e queimaram pneus, alegando que não conseguem ter uma vida normal devido à presença dos manifestantes. Por outro lado, os organizadores da vigília alegaram que foram atacados durante o ato que, segundo eles, fere a ‘liberdade democrática’.
A Prefeitura de Curitiba garante que os descumprimentos já acontecem há mais de um mês. Entre as irregularidades, estaria o desrespeito com o limite de quatro tendas no local e o não cumprimento da legislação sobre volume de som. Além dos transtornos aos moradores, o monitoramento da Polícia Federal e da Guarda Municipal teriam um custo para os cofres públicos. De acordo com o prefeito Rafael Greca, por dia, são gastos R$ 10 mil com a atividade.