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Paraná bate recorde de pessoas morando sozinhas, mostra estudo do IBGE
Por Bem Paraná | Postado em: 23/05/2019 - 14:49

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A única vantagem da solidão, escreveu o poeta e compositor pernambucano Antônio Maria, é poder entrar no banheiro e deixar a porta aberta. Mas para muitas pessoas, essa liberdade solitária parece ser algo fundamental, o que se comprova pela crescente do número de domicílios unipessoais (com apenas um morador) no Paraná.

Em 2018, havia no estado 577 mil pessoas vivendo sozinhas, número que desde 2012 cresceu 29% — naquele ano, haviam 446 mil pessoas em domicílios unipessoais no Estado. Por outro lado, os domicílios nucleares (constituídos por um casal, um casal com filho ou enteado, ou ainda um casal que more com a mãe, pai ou irmã(o) do responsável pelo imóvel) tiveram alta de apenas 8,68% no período, passando de 2,56 milhões para 2,78 milhões.

Assim, se em 2012 cerca de 71,6% das residências no Paraná eram consideradas nucleares, hoje o percentual está em 70,1%. Por outro lado, os domicílios unipessoais, nesse mesmo período, passaram de 12,5% para 14,5% — e já são mais comuns do que os domicílios estendidos (13,8%), que é quando a pessoa responsável pelo imóvel mora com pelo menos um parente, formando uma família que não se enquadre em um dos tipos descritos como nuclear (quando mora com um tio ou um primo, por exemplo).

Os dados constam do módulo Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2018, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E outra revelação que o estudo traz é que cresceu o número de pessoas que pagam aluguel para ter onde morar.

Em 2017, eram 695 mil domicílios alugados no Paraná; em 2018, subiu para 729 mil. Ademais, os imóveis cedidos também tiveram alta, passando de 309 mil para 351 mil. Na contramão disso, o número de residências próprias (que pertencem a algum dos moradores) teve ligeira queda, passando de 2,882 milhões para 2,881 milhões. Dessa forma, temos que, no ano passado, 2,04 milhões de paranaenses viviam em imóveis alugados, outros 968 mil em imóveis cedidos e 8,3 milhões em imóveis próprios.

Mais brancos do que a soma de pardos

O Paraná é uma das quatro unidades da federação em que o contigente de pessoas brancas é maior do que o conjunto de pessoas negras e pardas. No Estado, a população branca é de 7,42 milhões (65,5% do total), enquanto a população negra é de 462 mil (4,1% do total) e a parda, de 3,32 milhões (29,3%). As outras unidades da federação em que o conjunto das pessoas brancas é superior ao de pessoas declaradas negras ou pardas são Santa Catarina (79,9%), Rio Grande do Sul (78,6%) e São Paulo (59,1%).

Os dados do IBGE, entretanto, indicam uma tendência de mudança nessa questão de cor e raça por aqui. É que enquanto a população branca reduziu 2,05% entre 2012 e 2018, a população declarada negra cresceu 36,69% e a parda, 29,3%. Há sete anos, a população branca representava 70,1% do total no Paraná. Hoje, está em 65,5%. Já a população negra saltou de 3,1% do total da população para 4,1% no período analisado, enquanto a população parda subiu de 25,5% para 29,3%.

Na divisão da população por cor ou raça, a Bahia tem o maior contingente de pessoas declaradas negras (22,9%), que ultrapassamas brancas (18,1%). O estado com o segundo maior percentual de pessoas negras é o Rio de Janeiro (13,4%).

15,8% da população tem mais de 60 anos
Em 2018, três em cada 20 pessoas que moravam no Paraná tinham mais de 60 anos. De acordo com o IBGE, dos 11,34 milhões de habitantes do estado, 1,79 milhões (15,5% do total) tem 60 anos ou mais, tendo crescido 21,5% desde 2012. Ademais, desse contingente populacional, 1,24 milhões de pessoas (10,9% do total) têm 65 anos ou mais. Apenas Rio de Janeiro (13,1%), Rio Grande do Sul (12,9%), São Paulo (11,3%) Minas Gerais (11,2%) e Paraíba (11,1%) possuem um percentual de idosos mais alto que o Paraná.

Se a população mais velha está em alta, por outro lado o número de jovens encolhe. Em 2018, a população com até 29 anos somava 6,65 milhões (58,7% do total da população). Em 2012, porém, esse mesmo grupo era formado por 7,03 milhões (66,1% da população).

Em outro estudo, divulgado no ano passado, o IBGE já apontava que a população idosa (acima de 65 anos) superaria, até 2036, a população de jovens (até 14 anos), sendo que até 2060 (último ano com projeção) o Paraná terá se consolidado como o quarto estado com maior percentual de idosos em relação à população total (hoje é o quinto).

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