Dois homens acusados de envolvimento na morte de Anselmo Moreno Gonçalves, de 30 anos, serão julgados hoje, quarta-feira (25), no Fórum de Cascavel. O crime aconteceu em março de 2023, em Palotina, e ganhou repercussão pela crueldade com que foi cometido.
Anselmo era morador de Francisco Alves e trabalhava em Palotina. Nas horas vagas, fazia bicos vendendo roupas. Ele desapareceu no dia 7 de março, quando teria ido até a residência de um colega de trabalho para oferecer mercadorias. No local, foi surpreendido com dois disparos de arma de fogo. Segundo um dos investigados, após os tiros, o corpo foi submetido a um ritual satânico e esquartejado com uma faca.
Partes dos restos mortais foram encontrados dentro da casa do autor do crime, localizada aos fundos de um terreno no bairro Pôr do Sol, em Palotina. Outra parte foi deixada em uma área de mata na região de São Camilo, também no interior do município. O carro da vítima, um Fiat Uno, foi incendiado e abandonado próximo à Linha Catarinense, perto da divisa com os municípios de Nova Santa Rosa e Maripá.
O autor do homicídio, de 29 anos, morava sozinho em uma pequena casa nos fundos de um lote. Segundo a família da residência a frente, ele não apresentava comportamento suspeito. A Polícia Civil encontrou na casa a arma utilizada no crime, escondida dentro do sofá, além da faca usada para esquartejar o corpo.
Dois dias após o assassinato, o autor pediu ajuda a um comparsa para ocultar partes do corpo e incendiar o veículo da vítima. Ambos foram presos em flagrante e confessaram o crime. Durante depoimento, um dos envolvidos alegou que o homicídio foi motivado por um ritual satânico.
As investigações apontaram que o encontro entre a vítima e o acusado foi premeditado. O autor teria atraído Anselmo sob o pretexto de querer comprar roupas, quando na verdade já planejava o crime.
A audiência de julgamento ocorre hoje no Fórum de Cascavel.