A sensação de insegurança atinge níveis alarmantes no Bairro Belo Horizonte, em Medianeira, conforme o contundente desabafo de um morador que, na madrugada desta sexta-feira, teve sua residência alvo de uma audaciosa tentativa de furto.
O relato, que viralizou nas redes sociais e chama a atenção para a crescente criminalidade na cidade, aponta o dedo para a administração Antônio França e Evandro Mees para medidas urgentes da administração.
O morador, que se identificou como Pastor Schmidt, descreveu momentos de terror por volta das 4h30 da manhã. Alertado pelo som de telhas sendo arrastadas, ele e sua esposa acordaram a tempo de evitar o pior.
"Ouvimos arrastando a folha de eternit... Quando eu abri a janela, fez barulho. Aí minha esposa ouviu pessoas correndo em cima do telhado e pulando no chão," relatou o morador.
Na manhã seguinte, a confirmação do perigo: os criminosos haviam desparafusado e movido a telha para criar uma abertura e invadir a residência, chegando a danificar a estrutura do telhado. O desabafo se transformou em um questionamento amargo sobre a segurança e a legítima defesa no país: "Eu pergunto se eu mato o infeliz desse? Se eu dou um tiro na cara do infeliz desse ou dou um tiro nele em cima da minha casa. Aí eu sou bandido, eu vou preso." Indaga o morador.
A indignação do Pastor Schmidt se agravou após buscar ajuda policial. Ao ligar para a Polícia Militar, o morador foi informado de que "não podia fazer nada, porque só foi uma tentativa" e "não houve o crime".
A resposta burocrática e ineficaz soou como um duro golpe na confiança da população e levanta sérias dúvidas sobre a proatividade e capacidade de resposta das forças de segurança em Medianeira.
"Liguei na Polícia Militar, perguntei se tinha alguma coisa a ser feito. Quem me atendeu disse que não podia fazer nada, porque só foi uma tentativa," desabafou o cidadão.
O morador ainda mencionou que a casa vizinha também foi recentemente alvo de furto, mostrando que a tentativa não é um caso isolado, mas sim um reflexo de uma rotina de crime instalada na região.
Apelo Direto à Administração França e Evandro
A parte mais incisiva do desabafo é o apelo direto e emocionado ao Prefeito França e ao Vice-Prefeito Evandro, que também é Policial Federal. O morador enfatiza a situação de abandono do bairro, marcada por tiros ouvidos "toda noite" e o trânsito desordenado e perigoso de motocicletas.
O Pastor Schmidt cobrou da administração municipal uma ação mais robusta e efetiva para retomar a segurança de Medianeira, lamentando o declínio da tranquilidade que a cidade outrora possuía:
"Seu prefeito, meu amigo França, o vice prefeito, aí o Evandro, nosso querido vice prefeito, nosso querido prefeito... O Evandro que é um policial federal, por favor nos ajudem. O Belo tá ficando uma situação difícil... Medianeira não era assim. Medianeira tá ficando criminalizada. É crime atrás de crime. Assalto em pleno dia na avenida aí no centro da cidade. Agora o bairro do Belo precisava de uma limpa aqui porque tá feio aqui."
O morador reconheceu a possível carência de viaturas e a ausência de um batalhão, mas fez uma dura cobrança ao Prefeito França: "O senhor tem o poder da caneta. O senhor tem o poder de mudar, tirar, pôr em algum plano, alguma coisa."
A escalada da violência em Medianeira, com assaltos em plena luz do dia no centro e a rotina de tiros em bairros como o Belo, exige uma resposta imediata e enérgica do Executivo Municipal.
O apelo indignado do Pastor Schmidt não é isolado, mas um clamor de toda a comunidade por uma intervenção que vá além do discurso, transformando o "poder da caneta" em ações concretas que garantam a paz e a segurança dos cidadãos em Medianeira.