A tarde do feriado de Corpus Christi, na quinta-feira (19), foi marcada por episódios de violência doméstica em Marechal Cândido Rondon. Três ocorrências foram registradas pela Polícia Militar na 2ª Companhia, envolvendo agressões físicas, ameaças e conflitos familiares.
O primeiro caso foi registrado por volta das 14h30, quando um homem compareceu à sede da PM para relatar que foi agredido por sua companheira na residência onde moram, no bairro Sol Nascente. Segundo a vítima, o desentendimento teve início após ele visualizar mensagens de outros homens no celular da mulher. Ao tentar pegar o aparelho, ela teria puxado o objeto com força, danificando-o, e em seguida partiu para cima do companheiro, desferindo um chute em seu pé e puxando sua orelha, causando lesão. A mulher ainda teria tentado atacá-lo com uma chave de fenda, mas ele conseguiu se desvencilhar e sair da casa. A vítima optou por apenas registrar o boletim para posteriormente retirar seus pertences do local.
Mais tarde, por volta das 17h30, a equipe policial foi acionada para atender a uma ocorrência no Jardim Alvorada. No local, um adolescente de 12 anos aguardava a viatura na calçada. Segundo relato da mãe, ela foi empurrada e ofendida pelo companheiro após um desentendimento. O filho mais velho, de 16 anos, tentou defender a mãe e acabou sendo agredido com um golpe no rosto e um "mata-leão", que deixou marcas visíveis em seu pescoço. A cena foi presenciada pelo irmão mais novo. O agressor fugiu do local antes da chegada da polícia. A mulher não apresentava lesões aparentes e informou que não desejava representar contra o autor. A equipe orientou as vítimas e forneceu informações sobre a rede de apoio e medidas de proteção disponíveis.
O terceiro caso aconteceu por volta das 18h20, no bairro Botafogo. Uma vizinha acionou a PM após ouvir gritos e a frase "não aguento mais" vindos da residência. A mulher também informou que o morador já tinha histórico de violência contra outras companheiras. Quando a equipe se aproximava do endereço, um carro prata chegou ao local. Os ocupantes foram abordados e identificados como moradores da casa denunciada. Separadamente, a mulher confirmou que foi agredida naquele dia, tendo sido puxada pelos cabelos e asfixiada com as mãos pelo companheiro, além de ter seu celular tomado. Ela relatou ainda que as agressões são recorrentes. O autor negou as agressões, mas admitiu que havia discutido com a companheira e que estava tentando levá-la de volta para o Paraguai. Devido ao mau tempo, o casal retornou. A polícia constatou que os pertences da vítima estavam no carro e encaminhou ambos à delegacia para os procedimentos legais. O agressor colaborou com a abordagem e não foi necessário o uso de algemas. A mulher foi orientada quanto ao direito de solicitar medida protetiva.
As ocorrências reforçam a importância da denúncia contra a violência doméstica.
