A CATVE recebeu uma denúncia nesta terça-feira (11) sobre uma paciente que estaria internada na ala Covid-19 mesmo com o diagnóstico negativo para a doença.
De acordo o Marcos de Oliveira, a mãe dele, Terezinha de Oliveira de 64 anos foi transferida de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para o Hospital Universitário (Huop), no dia 03 de maio, com um quadro clínico grave.
Marcos explicou que, ela precisava ser internada em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas a única vaga disponível na unidade era na ala Covid-19. Mas de acordo com ele, por conta da gravidade não questionaram e acreditavam que assim que uma vaga surgisse ela seria transferida. "Na UTI normal, os familiares têm direito a visita e pelo menos você visualiza o médico. Hoje a gente tem uma ligação diária depois do almoço com uma assistente social que faz um vídeo da minha mãe, mas ela não pode informar nada".
Segundo o filho de Terezinha, o médico de plantão liga no final da tarde para que ele pergunte sobre o estado de saúde da mãe, mas como são vários médicos que estão acompanhando, às vezes eles não conseguem passar todas as informações.
A revolta de Marcos, é que mesmo com diagnóstico negativo para a Covid-19, a mãe está há sete dias internada nesta ala. "Eu pedi ontem para que transferissem ela para a ala normal, porque ela tem exame comprovando que não tem Covid-19. Ela fez mais de um exame e todos deram negativo".
Ele ainda explicou que, em dezembro do ano passado, Terezinha foi contaminada pela doença, mas se recuperou e há 25 dias foi imunizada com a primeira dose da vacina. "A gente tá nessa aflição, porque a gente não consegue chegar perto dela, mas nós temos esse direito. A gente não tá pedindo um favor."
Para finalizar ele conta que acredita que a mãe está sendo bem cuidada, mas por conta da situação na qual se encontra, é arriscado deixa-la na ala Covid. "Ela tá bem assistida, eu não tenho dúvidas, mas está em um local, onde não devia, onde tem a Covid-19".
A equipe da CATVE entrou em contato com a assessoria do hospital e eles explicaram que Terezinha teve o resultado do exame descartando a doença há três dias, mas ainda estão aguardando um novo leito para que ela seja transferida.
Ainda de acordo com a assessoria, os encaminhamentos realizados à instituição são realizados pela macro regulação, que define a necessidade de encaminhamento também de pacientes suspeitos ou com a confirmação de Covid-19.
Nota do Hospital
O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) esclarece que os encaminhamentos realizados à instituição são realizados pela macro regulação, que define a necessidade de encaminhamento também de pacientes suspeitos ou com a confirmação de Covid-19.
Nesses casos, pacientes com suspeita de Covid-19, que necessitam de leito de Terapia Intensiva, são encaminhados ao Huop, e se descartado a doença através do exame RT-PCR o paciente é novamente clicado para a macro regulação, a qual deve realizar o encaminhamento à um novo leito de UTI não Covid-19, para a instituição que disponibilizar vagas nesse momento.
A paciente em questão, teve o resultado do exame descartando a doença enquanto esteve internada na UTI Covid-19 da instituição, e está há 3 dias aguardando um novo leito de Terapia Intensiva para que possa ser encaminhada pela macro regulação.