A Polícia Civil do Estado do Paraná, por meio do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (NUCRIA) de Cascavel, concluiu na manhã de hoje (29) o inquérito policial instaurado para apurar crimes contra a dignidade sexual atribuídos ao padre Genivaldo Oliveira dos Santos, que exercia função religiosa na cidade.
Durante as investigações conduzidas pela Delegacia Especializada, foram identificadas dez vítimas dos crimes perpetrados pelo sacerdote. O investigado foi formalmente indiciado por tráfico de drogas, curandeirismo, assédio sexual, importunação sexual, violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.
A Polícia Civil reconheceu a incidência da circunstância agravante relativa à violação de dever inerente ao ministério, cargo, ofício ou profissão. Também foram aplicados os institutos jurídicos da continuidade delitiva e do concurso material de crimes, considerando que as condutas criminosas se estenderam no tempo e envolveram diferentes vítimas.
O somatório das penas relativas aos crimes imputados ao investigado ultrapassa 150 anos de reclusão.
O inquérito policial foi remetido ao Poder Judiciário para as providências legais cabíveis no âmbito da ação penal competente. A investigação contou com a colaboração de órgãos parceiros e foi conduzida com rigor técnico, respeitando os direitos fundamentais de todas as partes envolvidas.
Para preservar a dignidade das vítimas e a integridade do processo judicial, a Polícia Civil informou que não serão fornecidos detalhes adicionais sobre as circunstâncias específicas dos crimes ou a identidade dos envolvidos.
Genivaldo está preso desde 24 de agosto. A Justiça decretou a prisão temporária porque, segundo as investigações, ele tentou contato com possíveis vítimas, o que pode atrapalhar o andamento do inquérito.
Transferido para Curitiba, no Complexo Médico Penal de Curitiba, o padre teve a prisão prorrogada por 30 dias no dia 22 de setembro.