O delegado Fabiano Moza, da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Paraná, revela detalhes da investigação sobre o assassinato na rua Manaus, em Cascavel.

Moza explicou que foi até Corbélia para ouvir a mulher de 32 anos envolvida no caso, que está custodiada na Cadeia Pública, e buscar entender o que aconteceu na manhã de terça-feira (25), onde Luis Lourenço foi brutalmente assassinado por Ivanildo dos Santos.
Segundo o delegado, ela manteve a afirmação de que não participou do crime, além de relatar que estava usando crack no Parque Vitória junto com o autor. Segundo ela, o homem já teria ingerido uma garrafa de cachaça, que estava alterado e que também já estava com a barra de concreto e aço a mão.
"Enquanto a vítima estava caminhando ele cismou que a vítima teria mexido com a mulher dos outros. Ela não sabe dizer se é com ela, já que ela alegou que não tem nenhum relacionamento com ele. E que o autor começou a correr atrás da vítima. Posteriormente, uns cinco minutos ela foi até a rua e ele já estava desferindo os golpes".
Durante os questionamentos, a mulher reconheceu a roupa do autor e disse que apenas o conhece pelo apelido e não sabe o nome dele. No dia dos fatos ela foi presa pelos crimes de homicídio e desobediência. Ela teve a prisão convertida para preventiva e segue presa. Os policiais seguem as diligências para verificar se ela teve ou não participação.
As equipes de investigações tiveram acesso as imagens. Luis passa correndo às 7h05 na rua Sete de Setembro e ela retorna 7h10. Então ela ficou cinco minutos correndo do assassino.
"Então acredita-se que a vítima cansou e foi atacada ali naquela calçada".
Nesta quinta-feira (27), policiais da Delegacia de Homicídios conseguiram identificar uma obra que a vítima adentrou correndo. Foi ouvido uma pessoa da obra relatando que o autor disse que "Ele teria mexido com a 'mina dele' e que ele irá matar".
Segundo Moza, funcionários da obra tentaram contê-lo, mas foram ameaçados. Logo na sequência um deles acionou equipes da Polícia Militar para que comparecessem com urgência no local pois o autor queria matar Luis dentro da obra.

Com relação a arma utilizada no crime, Fabiano Moza explica que a barra aparentemente é de contenções que existem em estacionamentos, e que algum veículo pode ter batido e a derrubado. Ele afirma que ainda não puderam constatar de onde ela foi retirada, mas que Ivanildo chegou ao parque com ela.
O Volkswagen Gol de Luis estava estacionado na rua Manaus na entrada do parque. Um funcionário da Prefeitura de Cascavel informou que ele caminhava no local sempre por volta das 7h pois às 8h entrava no trabalho.
"Até a moça que está presa falou que ele estava caminhando dentro do parque e que em nenhum momento ele mexeu com ela nada. Ela acredita que ele estava em surto de droga, que ele é usuário de crack e estava ingerindo cachaça", explicou.
Fabiano Moza informou que na quarta-feira (26) um motorista foi ouvido, do veículo branco.
"Ele falou que [luis] estava pedindo socorro ‘me ajuda’ ao motorista, mas ele entendeu/pensou que era um assalto, já que viu um homem com a barra de ferro e outro tentando entrar no carro. E que ele estava com criança no veículo e ele imaginou que seria um assalto".
Até o momento foram ouvidos dois policiais militares, um policial civil, a mulher envolvida, o motorista de um carro branco e um funcionário da construção.
As investigações continuam e a Polícia Civil tem 10 dias para finalizar inquérito.